POR FAVOR, EVANGELIZE-ME

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2011-04-11T22:02:06.923-03:00



Leia. Pense Nisto!
Criado por redação Multiconexão|| 02/05/2012        Orkut  Twitter  Facebook
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Frequento a igreja desde que me lembro. Minha família, de pastores, colaborou para que eu conhecesse o evangelho desde o começo da minha vida. Com o tempo, veio a conscientização da importância de ter Jesus ao meu lado e a minha escolha pessoal de aceitá-lo, sem muita influência de meus pais que nunca me impuseram sua opinião a cerca de credo e muito menos denominação. Estava pensando nisso essa semana e defini um tipo de crente que fui.



Achei que só por ser crente, possuía toda a verdade em minhas mãos. Achei que só eu (e os que acreditavam no mesmo que eu) escaparia das mãos de Deus, de algum juízo e até de seu amor. Achei que deveria tentar convencer as pessoas que a minha religião estava certa e que a minha Bíblia falava tudo o que elas precisavam saber. Achava que eu detinha a "mensagem" e então autorizei o orgulho à entrar no meu coração; acreditava cegamente que possuía todas as respostas para todos os dilemas humanos. E pensando nisso tudo, entendi: "Pois, que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" (Mt 16:26a)

Quando estava no ápice do que eu conhecia por "santidade" (repleta de arrogância, orgulho e obras da minha carne), entrei num processo de mudança, que começou primeiramente em minha mente; comecei a conversar com uma pessoa que não professava a mesma fé que eu, entretanto, exibia com autenticidade as características de Jesus em si. Nossas conversas não eram intencionais, nem possuíam referências bíblicas. Eram simplistas, falando de vida e o quanto disso ela possui.

Descobri que o educador Paulo Freire tem uma frase que diz que "quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender", e então percebi que precisava mesmo usar dessa teoria "freiriana" na tentativa de evangelizar o mundo de fora. Precisa professar com palavras e atitudes minhas crenças, mas principalmente, ouvir com respeito e disposição o posicionamento dos outros. Mais do que catequizar pessoas à minha fé, preciso compartilhar preceitos e valores éticos com cada uma delas. Mais do que evangelizar para a vida eterna, preciso tentar resgatar a humanidade das vidas. Assim como precisei fazer comigo e com a "santarrona" que existia dentro de mim.

Antônio Machado também disse algo muito bacana: "Não me dê a sua verdade; busquemos juntos a verdade e guardemos a sua e a minha". O reino de Deus não está aprisionado em religiões, costumes, doutrinas, placas ou teorias. Ele está livre de nós e mais importante, disponível a todos nós. E cada rocha da construção desse reino representa um relacionamento, uma troca de experiência, uma ação, um princípio que revele a Deus, encarnado na pessoa de Jesus, no meio das sociedades contemporâneas. O que antes era discurso, agora se torna ação respaldada de respeito, principalmente.

A partir dessas colocações, torno-me alvo todos os dias do evangelho de Cristo. Quero aprender com cada pessoa algo para que possamos juntos viver melhor. E entre todas os problemas religiosos existentes por diferenças filosóficas, suplico: me evangelize. Por favor, fale-me mais sobre Jesus.
@Brunavichi